terça-feira, 8 de julho de 2014

O que é Enxaqueca?

Sinônimos: dor de cabeça, cefaleia
A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia (dor de cabeça). A enxaqueca se caracteriza por uma dor pulsátil em um dos lados da cabeça (às vezes dos dois), geralmente acompanhada de fotofobia e fonofobia, náusea e vômito. A duração da crise varia de quatro a 72 horas, podendo ser mais curta em crianças. Segundo o Ministério da Saúde, de 5 a 25% das mulheres e 2 a 10% dos homens tem enxaqueca. A enxaqueca é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45 anos, sendo que após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir, principalmente em mulheres. A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo feminino após essa fase. A enxaqueca pode ser divida entre com aura ou sem aura, e essas em episódica ou crônica. Segundo dados do Ministério da Saúde, 64% do total desses pacientes apresentaram enxaqueca sem aura, 18% com aura e 13% com e sem aura. Os restantes 5% apresentaram aura sem cefaleia.
A enxaqueca crônica se caracteriza por cefaleia em 15 ou mais dias do mês, sendo oito dias com crises típicas de enxaqueca, por mais de três meses, na ausência de abuso de medicamentos.

As causas exatas da enxaqueca são desconhecidas, embora se saiba que elas estão relacionadas com alterações do cérebro e possuem influência genética. A enxaqueca começa quando as células nervosas, já em estado de hiperexcitabilidade, reagem a algum gatilho frequentemente externo, enviando impulsos para os vasos sanguíneos, causando sua constrição ( relacionado a aura) seguida de uma dilatação (expansão) e a libertação de prostaglandinas, serotonina e outras substâncias inflamatórias que causam a dor. O padrão de crise é sempre o mesmo para cada indivíduo, variando apenas em intensidade. O espaçamento entre crises é variável. Sabe-se também que o gatilho para as crises em enxaqueca variam de indivíduo para indivíduo, sendo que em alguns a pessoa pode não apresentar nenhum gatilho específico. Os gatilhos de enxaqueca mais comuns são:
  • Estresse
  • Jejum prolongado
  • Dormir mais ou menos do que o de costume
  • Mudanças bruscas de temperatura e umidade
  • Perfumes e outros odores muito fortes
  • Esforço físico
  • Luzes e sons intensos
  • Abuso de medicamentos, incluindo analgésicos
  • Fatores hormonais: é comum mulheres portadoras de enxaqueca apresentarem dor nas fases pré, durante ou após a menstruação. Esse tipo de migrânea é chamado de enxaqueca menstrual. Esse tipo de enxaqueca tende a melhorar espontaneamente na menopausa. Muitas mulheres têm as crises pioradas, ou ate melhoradas, a partir do momento que iniciam o uso de anticoncepcionais orais
  • Alimentos e bebidas: queijos amarelos envelhecidos, frutas cítricas (principalmente laranja, limão, abacaxi e pêssego), carnes processadas, frituras e gorduras em excesso, chocolates, café, chá e refrigerantes à base de cola, aspartame (adoçante artificial), glutamato monossódico (tipo de sal usado como intensificador de sabor, principalmente em comida chinesa), excesso de álcool.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Nível de triglicérides alto indica risco de derrame na fase pós-menopausa

Um estudo do NYU Langone Medical Center, nos Estados Unidos, mostra que os fatores de risco para derrame tradicionalmente observados - tais como colesterol alto - não são tão precisos para indicar as chances de uma mulher na pós-menopausa sofrer deste mal. Em vez desses marcadores, os médicos sugerem que o foco seja voltado para os níveis de triglicérides, que serão capazes de indicar quais mulheres podem sofrer com um evento cardiovascular. A descoberta foi publicada na versão online do periódico Stroke
Os pesquisadores analisaram dados do estudo Hormones and Biomarkers Predicting Stroke(HaBPS), que conta com a participação de mulheres envolvidas no Women's Health Initiative(WHI). O WHI, por sua vez, é patrocinado pelo National Institutes of Health, e monitora a saúde de mais de 90 mil mulheres na pós-menopausa por mais de 15 anos. O estudo HaBPS é composto pelas primeiras 972 mulheres que sofreram com um acidente vascular encefálico (AVE, também conhecido como AVC) isquêmico enquanto participavam do WHI. Um grupo de controle de mais 972 mulheres que não tiveram derrame também participou da análise. Todas elas doaram amostras de sangue assim que entraram no WHI. 
Depois de observarem as amostras, os pesquisadores descobriram que níveis altos de triglicérides eram significativamente relacionados às chances de essas mulheres terem derrame: aquelas com triglicérides mais alto eram quase duas vezes mais propensas a sofrerem de AVE isquêmico do que aquelas com triglicérides mais baixo. A surpresa se deu pelo fato de que, nessas mulheres na pós-menopausa, os níveis do colesterol LDL e do colesterol total não foram associados ao risco de derrame. 
Os estudiosos ainda não sabem se essa associação entre triglicérides e risco de derrame também vale para o resto da população. Próximos estudos devem investigar se baixar os níveis desse marcador é suficiente para diminuir o risco de AVE. 

Sete dicas para baixar o nível de triglicérides do sangue

Receber o diagnóstico de colesterol alto vira alvo de grande preocupação para muitas pessoas. O mesmo nem sempre acontece com aquelas que descobrem ter alto nível de triglicérides - ou triglicerídeos - no sangue. Menos agressivos, os triglicérides costumam ser ignorados por muitos, mas eles também são perigosos se não controlados: aumentam os riscos de doenças coronarianas e até de desenvolver diabetes. Confira sete dicas que ajudam a controlar a taxa dessa gordura. 

Carboidratos

Os triglicerídeos são originados de duas maneiras: pela ingestão de alimentos ricos em gordura ou pela sintetização de carboidratos no fígado. Dessa forma, uma das primeiras recomendações médicas para baixar o nível de triglicérides é criando uma dieta balanceada e, claro, com baixo teor de carboidratos, aponta o endocrinologista Amélio. Isso inclui massas, frutas e tubérculos, como a batata.

Exercícios

"Excesso de peso é a principal causa de aumento de triglicerídeos no sangue", explica o endocrinologista Amélio Godoy. Por isso, aliar uma dieta equilibrada à prática de exercícios físicos, de preferência aeróbicos, é a melhor maneira de combater o alto nível de triglicérides, uma vez que ele aumenta a queima de gordura corporal. 

Verduras e legumes

Verduras e legumes também não podem faltar no cardápio. "Alguns deles até apresentam uma porcentagem considerável de carboidratos, mas, ainda assim, serão sempre mais bem-vindos do que alimentos processados, como pães e massas', explica o endocrinologista Amélio. 

Álcool

"Bebidas alcoólicas são altamente calóricas, estimulando a produção de triglicerídeos e por isso, devem ser evitadas', aconselha o profissional. Uma latinha de cerveja, por exemplo, tem 147 calorias; uma taça de vinho tinto seco, 107 e uma única dose de uísque, 240 calorias. 

Ômega três

Peixes, como salmão e atum, são alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, uma gordura insaturada, que reduz o nível de triglicérides do sangue. Assim, seu consumo sempre deve ser priorizado quando a outra opção for uma carne vermelha. Lembre-se, apenas, de preparar o peixe de forma que ele fique com baixo teor de gordura, sendo a melhor alternativa grelhá-lo. 

Açúcar

Outro alimento que deverá ser controlado são os doces, já que o açúcar é um tipo de carboidrato. No organismo, ele é quebrado e transformado em partículas menores que serão absorvidas. O problema é que essa absorção estimula a produção de triglicerídeos pelo fígado. Além disso, há um depósito dessa gordura no pâncreas que atrapalha o funcionamento das células de insulina, fazendo com que a taxa de glicose no sangue também aumente.